Voltamos a nossa programação normal. O Knicks entra em quadra e eu conto para vocês. A última edição foi uma análise dos números do RJ na temporada. Se você ainda não leu, leia. Vai te agradar. A semana foi longa e fizemos uma campanha 2-2. Nosso jogador da semana, com certeza, foi Julius Randle: 33.5 PPG; 8.5 RPG; 4.3 APG; 49% FG% e 47% de 3PT% (9 tentativas por jogo).
O Knicks se encontra 05 jogos atrás do Hawks pela última vaga no play-in faltando 14 jogos. Situação não está boa para nós.
Notícia triste: Cam Reddish está fora do restante da temporada com uma lesão no ombro. Vinha jogando bem nos últimos jogos. Ele (e RJ) estão elegíveis para extensões contratuais na próxima off-season. Não acredito que a diretoria estaria disposta a renovar pelo valor que dizem que ele quer (quase 20M/ano) com ele jogando poucas vezes em NY, maioria sendo ruim e com mais uma lesão para o histórico. Estamos falando de um atleta que tem 132 jogos em 03 anos de carreira. Como se ficasse fora de metade de toda temporada.
Notícia que pode ser triste: Mitchell Robinson está jogando seu melhor basquete da temporada. E, segundo novos rumores, ainda não parece que ele e o Knicks estão perto de um acordo pela renovação. Tão perto do fim da temporada, quanto ele se arriscaria de ir para agência livre irrestrita sem nenhum dinheiro garantido? Ele e o Knicks podem estender seu atual vínculo por mais 04 anos e algo nas casas dos 54 milhões de dólares. Muito dinheiro, na minha modesta opinião, para um pivô bom, mas que não consegue fazer nada se sair de perto do aro e que tem um encaixe limitado com nossos melhores jogadores. Robert Williams III renovou com os Celtas por 54/4, mas é um defensor mais versátil que o Mitch. Não sou fã de oferecer esse dinheiro pro Mitch, mas se não renovarmos ou usarmos ele numa sign n trade, não mover ele na última deadline se tornará um erro de não maximizar um ***ativo***.
NYK 131 x 115 SAC
Vocês lembram daquele vídeo do Craque Neto falando "num vai dá"? Era essa a sensação que eu tinha assistindo esse jogo. Era a segunda noite do back to back contra um descansado e agressivo time do Kings. Já entramos na partida com a intensidade pós almoço de domingo. Nenhuma defesa e nenhum ataque.
Fizemos 16 pontos a menos que o Kings nos primeiros 12 minutos. 7/26 de quadra. 1/9 de três. Mesmo número de turnovers e de assistências. Era um show de horrores. Uma das poucas coisas boas foi esse passe do RJ com a mão direita para um Evan Fournier que estava, gentilmente, construindo casas populares com tantos tijolos.
O segundo quarto continuou sendo uma partida tranquila para o Kings e parecia que iriam abrir 30 de frente até que Immanuel Quickley meteu alguns chutes difíceis e fomos para o intervalo perdendo por apenas 15. O primeiro tempo mostrou bons momentos esporádicos do RJ e do Randle. Dos 48 pontos do Knicks, eles fizeram 28. Das 04 assistências (sim, 04 assistências em 24 minutos), deram 03.
O terceiro quarto pareceu pessoal para Julius Randle. Depois da sua expulsão contra o Phoenix Suns, ele disse que ali seria um ponto de virada da temporada. Até agora está sendo. Randle fez 17 pontos em 09 chutes e jogou todos os 12 minutos do quarto. Nós vencemos o quarto por 20. Ele ainda gerou 05 pontos via assistências. Ele, sozinho, foi responsável (assistindo ou pontuando) por metade dos pontos no quarto. Foi dominante. Isso sem falar dos passes que viraram faltas a nosso favor.
O clipe abaixo nem foi o melhor exemplo da dominância do Randle no quarto e sim para ajudar a ilustrar uma jogada que o Knicks sempre chama, mas que a torcida tem dificuldade de visualizar e acha que são bloqueios descoordenados.
A próxima é um exemplo melhor do JuJu. Um ala-pivô de 115kg com essa facilidade de colocar a bola no chão é surreal. E olhem ele correndo junto com o Fox - um dos guards mais rápidos da liga. Eu ainda tenho a impressão que ele, desde a última temporada, criou uma rivalidade com o Sabonis. Mesmo que a rivalidade seja só do lado dele.
Curiosidade: Randle leva vantagem em 04 dos 05 stats básicos nos confrontos diretos contra Sabonis. Só perde nos tocos.
Mas se vocês acharam que Randle iria descansar no último período, se enganaram e muito. 16 pontos em 08 chutes. Eu já comentei algumas vezes como ter um pivô que só consegue jogar dentro do garrafão (Mitch) complica a vida do Randle e do RJ. Olhem esse small ball: IQ; Deuce; AB; RJ e Randle. Olhem o tanto de espaço que o Randle tem para operar no 1 x 1. A defesa não pode ajudar muito por só ter chutadores - mesmo que meia bocas - ao redor do JuJu.
Óbvio que não é uma saída muito tranquila de usar. Randle - com exceção da última temporada - nunca foi um bom defensor (amenizei) e as defesas do Thibs (e da maioria dos times campeões/muito bons nos últimos anos) priorizam defender o garrafão. O Knicks precisa urgentemente de um pivô que consiga ser esse protetor de aro e consiga espaçar a quadra. Não precisa ser um grande chutador. Nem precisa ser um titular. Mas precisamos desse pivô no elenco quando quisermos dar a oportunidade do Randle e RJ operarem com mais espaço. Um nome que estou soltando para ilustrar só porque eu sei que a diretoria do Knicks gosta muito: Jaren Jackson Jr.
Um jogador que chuta 5.2 bolas de três por partida e acerta 31% nelas. Dessas 5.2, segundo estatísticas oficiais na NBA, 05 são livres ou muito livres. O Knicks não precisa do Myles Turner ou do JJJ. Nem precisa acertar mais que 30% de bolas livres. Precisa apenas de alguém que não comprometa na defesa e force o adversário a pensar duas vezes antes de ajudar a defender o Randle.
O jogo terminou com Randle tendo a maior pontuação da carreira (46 pontos). Ele fez isso acertando 58% de quadra e 50% de 3PT%. RJ Barrett teve uma boa partida e terminou com 29 pontos e 6 assistências. IQ fez 27. Uma virada incrível.
NYK 107 x 77 DAL
Não, amigos. Não digitei errado. O Knicks foi até o Texas e colocou o time do Tesouro na roda. Nós estamos falando de um show.
O Knicks chegou para a partida com um injury report gigantesco: Quentin Grimes, Derrick Rose, Nerlens Noel, Kemba Walker, Obi Toppin e Cam Reddish fora. Mitch jogou, mas era dúvida por estar se sentindo mal.
O Knicks foi super intenso defensivamente, dominou as duas tábuas e errou menos bolas de três que Dallas. Digo que errou menos porque Dallas acertou 6 e o Knicks 9. Foi um show de tijolos.
Os visitantes já chegaram com uma intensidade defensiva atípica para o nosso time da preguiça. O primeiro tempo foi marcado pela liderança e dominação de um estrangeiro: Rowan Alexander Barrett Jr. 14 pontos; 03 rebotes e 03 assistências com 60% de FG%. Fez um trabalho honesto defendendo o Luka.
JuJu começou com dificuldade de acertar a tabela, 01 de 07 de quadra na primeira metade, mas estava jogando bem e intenso na defesa. Immanuel Quickley e Deuce McBride entrarem bem. Deuce ainda tem muitas dificuldades de ser efetivo em um ataque da NBA, mas sua defesa é fantástica. Apesar do tamanho abaixo da média para um armador, sua vontade compensa e muito. Batalha entre os bloqueios e não se acanha contra miss matchs desfavoráveis.
Fomos para o intervalo com uma liderança tranquila de 61 contra 34. Porém, nenhum fã do Knicks estava tranquilo. O medo sempre paira. E não foi à toa. O único quarto vencido pelo time da casa foi o terceiro graças a um show de Luka Doncic. Colocou a bola debaixo do braço e aproveitou que RJ não era mais seu marcador principal (faltas) e começou a cozinhar todo mundo. A liderança diminuiu muito. Parecia que iríamos perder a peleja.
Thibs, então, mudou a defesa e começou a mandar dobras no Luka sempre que possível. O resultado? Deixamos outros jogadores livres e valeu a pena. O esloveno foi responsável por mais da metade dos pontos e das bolas de três do time no quarto e foi o único eficiente em quadra. Depois da melhora defensiva, era hora de melhorar o ataque. E Julius Randle decidiu atacar o aro com raiva.
Em uma sequência de quase 07 minutos, JuJu resolveu mostrar que quase ninguém na liga consegue segurá-lo em progressão para a cesta. Um dos melhores da liga atacando o aro. O jogo terminou com uma sensação muito boa de dever cumprido. Terceira vitória seguida e terceira vitória com uma defesa muito boa.
Randle terminou com 26 pontos; 8 rebotes e 5 assistências. RJ com 18; 7 e 4. Alec Burks com 15; 11 e 5.
NYK 114 x 118 MEM
O Knicks chegou para jogar contra Memphis depois de 3 vitórias seguidas. Departamento médico ainda cheio e com nossos alas atléticos que poderiam aumentar a dificuldade de um time tão rápido como o Grizzlies. O primeiro quarto pareceu uma continuação do show do Randle do final do jogo contra Dallas. 15 pontos em 09 minutos e 09 chutes. 3 bolas longas. Olhem que belo passe do IQ para o Randle colocar pra dentro com estilo.
O time da casa, comandado pelo Ja, construiu a liderança com muita intensidade e eficiência. No segundo quarto, Knicks melhorou a defesa no Ja e RJ começou a acertar alguns chutezinhos aqui e ali.
Fomos para o intervalo com um jogo parelho. 05 pontos de frente para os mandantes, mas Randle com 18 pontos quase eficientes e RJ com 14 pontos super ineficientes. Nosso melhor momento foi o terceiro quarto. A bola movia de mão em mão de forma rápida e inteligente. O time distribuiu 11 assistências nos 12 minutos. Além de acertar 15 dos 25 chutes de quadra tentados. Apesar de não ser beeem um exemplo de distribuição de bola, quero destacar esse passe maravilhoso do RJ:
Entramos no último quarto com uma liderança de 09 pontos, e perdemos feio. 2 assistências, 6 turnovers e 6 acertos em 22 chutes. JJJ dominou o garrafão defensivo, deu 3 tocos no quarto (além de alterar incontáveis outros chutes) e criou diversas oportunidades de contra-ataque para Ja e cia. Foi triste. Fomos amassados. Por um time melhor? Sim. Mas foi triste. Mostrou nossa necessidade de um armador para ficar com a bola na mão e ter calma nos minutos finais.
Randle teve mais um bom jogo e fez 36 pontos, pegou 12 rebotes e distribuiu 06 assistências. RJ teve mais pontos que chutes (23 x 25), mas não foi de todo ruim.
NYK 107 x 110 BKN
Quarta e última partida da semana. Segunda derrota. E essa doeu. Conjunto de coisas Por ver o Durant explodir para 53 pontos e o Knicks não conseguir reduzir sua eficiência. Por ver a máfia da Klutch tentar lançar uma agenda para defender Kyrie Irving como vitima da sociedade e que não pode jogar basquete por um complô e antipatia do governo de Nova Iorque. Pelo Evan - que fez um bom jogo ofensivamente - cometer um turnover na nossa última posse. Pelo RJ e IQ terem dificuldade de acertar o aro na bola longa. Por ser o jogo que, praticamente, elimina nossas chances de play-in. Matematicamente, ainda dá, mas é muito difícil.
O 1º quarto foi um microcosmos do que viria ser a partida toda. KD dominando de forma imparável e o Knicks, graças a Randle e Evan, se agarrando ao placar com toda força possível.
Nossa outra dificuldade foi segurar Andre Drummond nos rebotes e perto do aro. Mitch fez um trabalho honesto, mas sofreu com faltas. Jericho Sims foi uma surpresa positiva. Ainda não é um center pronto para 20 minutos todas as noites. Comete erros de novato. Esquece jogadas. Mas o talento para um bom back-up center está ali.
Fomos para o intervalo perdendo por 02 pontos. KD tinha 27. AD 13. Randle, Evan e RJ combinavam para 40 em 29 chutes.
O terceiro quarto manteve a mesma sina. KD colocou mais 13 pontos na conta. Knicks, então, começou a dobrá-lo mais cedo nas jogadas, forçando-o a soltar a bola mais rápido e duvidando que outros atletas convertessem. KD distribuiu 5 assistências (em 6 cestas convertidas pelos seus companheiros).
No 4º período, Knicks foi ainda mais agressivo na defesa contra o KD (fez só 13 pontos de novo), mas diminuiu o ritmo do time do Nets. Forçamos turnovers e corremos bastante.
Chegamos no clutch com chances reais de levar a peleja. Mas Evan e Mitch não ajudara. O francês - reitero que fez boa partida - cometeu um turnover ruim e o pivô não conseguiu fazer um bloqueio decente nem na última posse do jogo.
Próxima semana:
Portland @ NYK dia 16/03 às 20:30
Wizards @ NYK dia 18/03 às 20:30
Jazz @ NYK dia 20/03 às 20:30
Uma sequência de três jogos em casa - os dois primeiros são obrigações caso o Knicks ainda sonhe com o play-in. Honestamente, vencer o Wizards é bom para as nossas chances de play-in, mas ruim para as odds de loteria caso não consigamos ultrapassar o Hawks. O time do Beal* está em 11º na corrida pela pick 1 (o Knicks em 10º). Essa queda de uma posição reduz em quase 5% as chances de uma pick top4. Nenhum dos dois time tem muitas chances de subir para ser honesto, mas cada 1% ajuda.